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Mãe de Leopoldo López diz que sentença do filho deveria ser anulada ainda neste ano

Antonieta Mendoza afirma que promotor que acusou o líder opositor declarou que o julgamento foi uma farsa e que foi ‘pressionado’ a condená-lo

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Por Redação
Atualização:

CARACAS - Antonieta Mendoza, mãe do líder opositor venezuelano Leopoldo López - condenado a quase 14 anos de prisão -, disse que essa sentença deveria ser anulada ainda neste ano, já que o promotor que o acusou declarou que o julgamento foi uma farsa e que foi “pressionado” a condená-lo.

“A sentença deve ser anulada porque é uma farsa, é um julgamento que tem de ser anulado e eu considero, e é uma mensagem que mando aos juízes do Tribunal Superior de Justiça (TSJ), (que) tem a grande oportunidade de demonstrar que há uma separação de poderes”, disse em uma entrevista ao canal Televén.

O líder opositor Leopoldo López fala a simpatizantes antes de se entregar à polícia, no dia 18 de fevereiro de 2014 Foto: REUTERS/Jorge Silva

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Antonieta insistiu que o TSJ pode demonstrar, anulando a sentença, “que não é um operador político do Executivo” e que “pode haver justiça no país”.

Em setembro de 2015, a Justiça venezuelana condenou López a 13 anos e 9 meses de prisão em um processo que, segundo a defesa do opositor, foi “injusta” e “com base em mentiras”.

Poucas semanas após a condenação, foi descoberto que um dos promotores que o acusou - Franklin Nieves - havia fugido para os EUA, onde declarou para as autoridades que havia sofrido uma suposta pressão para formular acusações “falsas” contra o opositor.

A mãe do dirigente disse que “o processo judicial (de López) está em sua última instância em nível nacional” e que o recurso de nulidade do julgamento está perto de entrar na Sala de Cassação Penal do TSJ.

“Esse julgamento foi uma farsa. Quero que lembrem que o promotor Franklin Nieves, em outubro de 2015, disse que havia sido uma farsa”, destacou Antonieta.

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López é acusado de incitar a violência nos protestos de 2014 contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que deixaram 43 mortos. / EFE

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