PUBLICIDADE

Parentes de jovem negro assassinado por um policial são presas em protesto nos EUA

A mãe de Alvin Cole, Tracy, e as irmãs, Taleavia e Tristiana Cole, foram detidas num estacionamento de igreja em Wauwatosa, no Estado de Wisconsin

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

MADISON - A mãe e as irmãs de um adolescente negro de 17 anos, morto por um policial suburbano de Milwaukee, foram presas por volta das 20h30 da quinta-feira, 8, pela polícia, que reprimia os manifestantes depois de um toque de recolher após a decisão de não acusar o policial. A mãe de Alvin Cole, Tracy Cole, e suas irmãs, Taleavia e Tristiana Cole, foram detidas juntas com vários outros em um estacionamento de igreja em Wauwatosa, relatou o Milwaukee Journal Sentinel citando várias testemunhas.

Tracy Cole, mãe de Alvin Cole, falou para a imprensana quarta-feira, 7, oito meses depois do assassinato do filho de 17 anos em Milwaukee Foto: Mike De Sisti/Milwaukee Journal-Sentinel via AP

A advogada da família Cole, Kimberley Motley, tuitou que Tracy Cole foi presa “por protestar pacificamente” e “acabou no hospital”. Motley disse que Tracy Cole foi levada para o Hospital Froedtert com um ferimento no braço e na testa. Uma filha, Tristiana Cole, também foi levada para lá.

PUBLICIDADE

Motley tuitou mais tarde que ambos tiveram alta do hospital. Detalhes sobre o motivo pelo qual Tristiana Cole foi levada ao hospital não eram conhecidos imediatamente.

Uma transmissão ao vivo do Facebook que capturou apenas áudio de Tracy Cole foi feita por uma terceira filha, informou o jornal. Em uma gravação, Tracy pode ser ouvida gritando de dor enquanto era presa, dizendo que a polícia feriu seu braço, bateu em sua cabeça e usou uma arma de choque contra ela. 

“Eu sou a mãe de Alvin Cole”, gritou repetidamente enquanto os policiais a tiravam do carro. "Eu não posso acreditar que vocês fizeram isso comigo. Vocês todos mataram meu filho ", ela gritou para os policiais. Ela ainda disse que sua cabeça estava sangrando e ela acreditava que seu braço estava quebrado, de acordo com a transmissão ao vivo.

A polícia de Wauwatosa tuitou na noite de quinta-feira que “várias” pessoas foram presas e disse que uma mulher solicitou atendimento médico e foi levada a um hospital.

A cidade está sob toque de recolher às 19h, durante uma segunda noite de protestos depois que o promotor distrital do condado de Milwaukee, John Chisholm, decidiu não acusar o oficial Joseph Mensah de Wauwatosa, que também é negro, com a morte a tiros de Cole, 17, em fevereiro próximo ao Mayfair Mall.

Publicidade

De acordo com os relatórios dos investigadores, Cole tinha uma arma e disparou. Chisholm disse que parecia que ele deu um tiro no braço. Os oficiais disseram que Cole recusou comandos para largar a arma, o que levou Mensah a atirar.

Motley disse que planeja abrir um processo federal contra o policial Joseph Mensah de Wauwatosa.

Terceiro tiroteio fatal

A morte de Alvin Cole foi o terceiro tiroteio fatal de Mensah nos últimos cinco anos. Mensah atirou e matou Antonio Gonzales em 2015 depois que a polícia disse que Gonzales se recusou a largar uma espada. Um ano depois, Mensah atirou em Jay Anderson Jr. Nesse caso, o policial encontrou Anderson em um carro estacionado em um parque após o expediente.

Mensah disse que viu uma arma no banco do passageiro e pensou que Anderson estava tentando pegá-la, então atirou nele. Mensah não foi acusado de nenhum dos disparos./AP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.