SEUL - Pesquisas de opinião na Coreia do Sul indicam que Ahn Cheol-soo deve ser o segundo colocado no pleito eleitoral da terça-feira, 9. O candidato liberal Moon Jae-jin é o que mais parece estar capitalizando com a desarticulação dos conservadores depois da destituição da presidente do país, Park Geun-hye, em março.
Apoiadores de Ahn o veem como uma figura nova que pode despontar sobre uma cultura política por muito tempo marcada pela corrupção e por disputas partidárias. Seus críticos dizem que o antigo magnata da indústria da computação está dividido entre slogans que agradam tanto liberais e conservadores.
No entanto, as eleições sul-coreanas podem ser delicadas de se prever, já que o eleitorado está profundamente dividido entre linhas ideológicas. Pesquisas sugerem que Ahn está atraindo eleitores conservadores desapontados com o impeachment de Park Geun-hye, mas que continuam não apoiando Moon, que propõe a melhoria nas relações com a beligerante Coreia do Norte.
Ahn diz que é mais indicado para reconstruir o país após a queda de Park do que um político tradicional como Moon. Para ele, o impeachment expôs uma série de "males acumulados" no país, como abusos do poder presidencial e relações corruptas entre políticos e grandes empresários.
O candidato quer frear o excesso de interferência de conglomerados como Samsung e Hyundai no poder, que têm sido criticados por subornar políticos em troca de favores econômicos e reduzir injustamente a competitividade de companhias menores. Entre suas ideias está maior apoio para pequenas e médias empresas, além de start-ups do setor de tecnologia.
Sua posição perante a Coreia do Norte tem causado confusão, já que ele tenta agradar tanto os que defendem uma reaproximação com Pyongyang quanto os contrários à ideia.
Ahn Cheol-soo tem cerca de 20% das intenções de voto, contra 30% de Moon Jae-jin e 10% do conservador Hong Joon-pyo. / AP