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Mahmoud Abbas rejeita reunião com Amir Peretz

Presidente da ANP pretende encontrar antes o primeiro-ministro Ehud Olmert

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, se recusou a participar de uma reunião com o ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, informaram fontes palestinas citadas hoje pela rádio pública israelense. A reunião foi proposta pelo deputado israelense e almirante da reserva Ami Ayalon, do partido Trabalhista, durante um encontro com Abbas neste sábado, na "Muqata" de Ramala. Antes de falar com Peretz, líder trabalhista na coalizão do Governo, Abbas deseja ver o primeiro-ministro Ehud Olmert. Esta semana, durante uma visita ao presidente George W.Bush, em Washington, o chefe de Governo israelense expressou a vontade de negociar a paz com o líder palestino. Fontes próximas a Abbas dizem que ele se irritou com Ayalon, ex-chefe do serviço secreto (Shin Bet). O motivo foi a divulgação em Israel de notícias de que Olmert e Peretz autorizaram a entrada de armas da Jordânia para que a guarda presidencial possa proteger o presidente palestino de possíveis atentados de extremistas islâmicos. Por enquanto, os escritórios de Olmert e de Abbas ainda não anunciaram em que data os dois vão se reunir. Olmert, segundo fontes oficiais, quer antes expor suas posições sobre o conflito na França e na Alemanha. Seu objetivo é reunir apoio para o "plano da convergência", uma retirada unilateral da Cisjordânia ocupada, caso fracasse a negociação com a ANP. O jornal "Ha´aretz" informa hoje que Abbas pretende ampliar para 10 mil homens a Guarda Presidencial, aparentemente para resistir às milícias do Hamas, que está no poder, e até de seu próprio Partido, o Fatah. Os milicianos dos dois lados promoveram violentos incidentes nas últimas três semanas, causando 10 mortes. A nova força, cuja missão principal é a de proteger o presidente da ANP, também se encarregaria de impedir os milicianos de Gaza de atacar a Israel. Os ataques com os foguetes artesanais al-Qassam, e ultimamente com três Katyusha, do tipo empregado pela extinta União Soviética, têm pouco efeito por sua falta de precisão. Atualmente, a segurança de Abbas conta com 1.500 a 2 mil homens na cidade cisjordaniana de Ramala e na Cidade de Gaza. Segundo o jornal de Tel Aviv, o presidente palestino solicitou às autoridades israelenses a ampliação do número de integrantes da corporação, mas o Governo israelense ainda não autorizou a medida, e pode impor condições.

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