Maioria dos israelenses não acredita que a paz esteja próxima

Por outro lado, 41% dos israelenses expressam satisfação com a entrada do dirigente do partido ultranacionalista Yisrael Beiteinu, Avigdor Lieberman, no governo

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Por Agencia Estado
Atualização:

Sessenta e oito por cento dos israelenses não acreditam em uma paz com os árabes nos próximos anos, indica o Índice da Paz, uma enquete mensal publicada nesta terça-feira pelo jornal israelense Ha´aretz. De acordo com esse índice do mês de outubro, trata-se de um sentimento que a população desenvolveu durante os últimos cinco ou seis anos. Esse pessimismo é praticamente o mesmo em relação às possibilidades de se alcançar a paz com a Síria ou com os palestinos, acrescenta a pesquisa. Paralelamente, 70% dos israelenses se opõem a devolver toda a área das estratégicas Colinas do Golã, ocupadas por Israel desde 1967, em troca de uma paz completa com a Síria. Cinqüenta e um por cento dos entrevistados consideram que, se a tensão atual continuar, haverá em breve uma guerra entre Síria e Israel. A rígida posição dos israelenses entrevistados coincide com a percepção, por parte de 57% da população, de uma deterioração da situação de segurança, aparentemente devido à chegada do Hamas no poder, aos disparos de foguetes Qassam contra Israel e aos resultados do recente conflito no Líbano. Por outro lado, a confiança da população no primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e no ministro da Defesa, Amir Peretz, é Mínima. Apenas 6% afirmam que podem confiar em Olmert para dirigir a política de segurança israelense e 2%, em Peretz. Por outro lado, 41% dos israelenses entrevistados expressam satisfação com a entrada do dirigente do partido ultranacionalista Yisrael Beiteinu, Avigdor Lieberman, no governo. Essas posições rígidas também aparecem no que diz respeito à atitude da população em relação às operações do Exército israelense na Faixa de Gaza, nas quais mais de 60 palestinos morreram desde quarta-feira passada. Perguntados sobre se o Exército deveria levar em conta a morte de civis não envolvidos em confrontos, 21% consideram que este se trata de um assunto de prioritário, 46% acham que se deveria levar em conta e 29% que isto não deveria ser um fator.

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