Maioria dos palestinos defende cessar-fogo com Israel

Dos mil palestinos entrevistados, 57,7% deles são a favor do fim dos combates

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Por Agencia Estado
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Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira indica que 57,7% dos palestinos estão a favor de um cessar-fogo entre israelenses e palestinos. O Centro Palestino para a Opinião Pública, com sede na aldeia de Beit Sahur, do distrito cisjordaniano de Belém, elaborou uma enquete que indica que 38,4% dos palestinos se opõem a um fim das hostilidades, enquanto 3,9% não emitiram opinião sobre este assunto. Além disso, 68,8% dos palestinos entrevistados consideram que a suspensão das ajudas econômicas pelos principais países doadores à Autoridade Nacional Palestina (ANP), após a posse do governo do Hamas, aumentará o nível de violência na região. Outros 66,7% acreditam que os observadores internacionais mobilizados na passagem fronteiriça de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, como parte de uma missão da União Européia, desempenham suas funções seguindo a vontade de Israel. A pesquisa indica também que 51,6% dos entrevistados acreditam que os países árabes são incapazes de substituir as ajudas econômicas e financeiras que recebiam de outros países, principalmente da União Européia e dos Estados Unidos. A enquete foi elaborada entre 22 e 29 de julho e contou com uma mostra de mil palestinos maiores de 18 anos de diferentes segmentos da sociedade palestina residentes na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental. Troca O porta-voz do governo do Hamas, Ghazi Hamad, disse nesta quarta-feira que Israel aceitou em princípio uma possível troca de prisioneiros palestinos pelo soldado Gilad Shalit, seqüestrado por milicianos palestinos em 25 de junho e mantido refém em Gaza. O porta-voz do Hamas disse à imprensa que, no entanto, até agora "ainda não se chegou a nenhum acordo sobre o número específico de presos palestinos que poderiam ser libertados das prisões israelenses". A postura oficial do Executivo israelense é de não negociar nenhuma troca de prisioneiros pela libertação de seus soldados seqüestrados, tanto por milicianos do Hamas em Gaza, como pela guerrilha xiita libanesa Hezbollah.

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