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Mais 25 mil refugiados devem voltar ao Timor Leste

Por Agencia Estado
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Um total de 25.453 refugiados timorenses que ainda se encontram em Timor Oeste inscreveu-se para regressar a Timor Leste desde o dia da eleição de Xanana Gusmão para a Presidência, em 14 de Abril. O anúncio foi feito hoje por Stanis Tefa, chefe do departamento dos Assuntos Sociais do governo provincial indonésio em Kupang, no Timor Oeste. Parte desses refugiados combateu ao lado dos indonésios durante a ocupação. Cada família que regressar a Timor Leste recebe do governo de Jacarta um subsídio de 750 mil rupias (cerca de 90 euros). Para o responsável indonésio, grande parte dos refugiados quer regressar a Timor Leste a tempo de assistir à cerimônia de independência e posse do presidente Xanana Gusmão. "A situação cada vez mais difícil em que vivem nos campos ajuda a convencer outros", afirmou Tefa, ao recordar que muitos refugiados não recebem apoio humanitário há vários meses. A confirmar-se o regresso dos 25.453 leste-timorenses - cerca de metade que o governo timorense e a ONU estima estejam ainda em Timor Oeste - ficará quase resolvido um dos maiores problemas do período da transição. O aumento do regresso dos refugiados intensificou-se nos primeiros meses deste ano. Desde Outubro de 1999, mais de 200.000 refugiados optaram por regressar a Timor Leste. Desculpas - O primeiro-ministro japonês, Koizumi Junichiro, deve aproveitar a sua curta visita a Timor Leste para pedir desculpas pela ocupação japonesa do território durante a 2ª Guerra Mundial, defendeu hoje um movimento japonês. O apelo faz parte de uma petição assinada pela Free East Timor Japan Coalition", grupo que defende também que o chefe do governo japonês ouça as vítimas da ocupação, "em especial as mulheres usadas como escravas sexuais". Sessenta anos depois do Japão ter ocupado o território, Koizumi desloca-se até Díli para encontros com as autoridades locais e uma visita aos 690 militares do seu país que estão a serviço da ONU no território. Koizumi, o primeiro chefe de governo a visitar Timor Leste depois da eleição de Xanana Gusmão para a presidência, deverá reunir-se também com o administrador transitório da ONU, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, e o ministro-chefe Mari Alkatiri. A visita a Timor Leste ocorre no âmbito de uma viagem pela Ásia e Pacífico, que inclui o Vietnã, a Austrália e Nova Zelândia.

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