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Mais cinco palestinos mortos em Gaza

Por Agencia Estado
Atualização:

O processo de paz para o Oriente Médio avançará somente se Israel se retirar dos territórios palestinos, advertiu o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, em meio a uma nova onda de violência que culminou com cinco palestinos mortos nas mãos do Exército de Israel. Os atos de violência aconteceram durante as cerimônias para marcar o 55º aniversário da "Naqba", conhecida entre os palestinos como "Dia da Catástrofe", por conta da criação do Estado judeu. O próprio Arafat, que em maio de 1948 tinha 18 anos, denunciou nesta quinta-feira a existência de uma "conspiração" contra seu povo e afirmou que a paz poderá chegar rapidamente se Israel se retirar dos territórios palestinos ocupados em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias. "O deslocamento de forças militares não basta, pois está claro que, sem a retirada israelense das terras palestinas ocupadas em 1967, a paz entre os povos não será possível", declarou o presidente da ANP. De acordo com Arafat, o comportamento do governo israelense, que rejeitou o roteiro para a paz elaborado pelo Quarteto de mediadores (EUA, Rússia, ONU e União Européia), "é o mesmo de um ano atrás, quando repudiou um plano de paz saudita aprovado em Beirute pela cúpula da Liga Árabe". No lado israelense, o ministro da Defesa do Estado judeu, Shaul Mofaz, fez duras críticas ao roteiro para a paz. Citado pela imprensa israelense, ele disse que o plano de paz do Quarteto é "ruim para Israel porque não leva em conta seus interesses nacionais e de segurança". Em sua opinião, manifestada em reunião de gabinete do governo israelense, o plano deve ser utilizado como "um marco para o diálogo" com os palestinos, mas "não deve ser visto como instruções a serem aplicadas ao pé da letra". Segundo ele, "é impossível implementar o roteiro em sua versão original e é preciso fazer mudanças".

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