Mais da metade dos suecos disseram não ao euro

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Por Agencia Estado
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O primeiro-ministro sueco, Goran Persson, atribuiu o fracasso do plebiscito de hoje pela incorporação da Suécia à zona do euro, em parte, ao mau momento econômico pelo qual vários países europeus estão atravessando. Persson, que lutou para convencer seus cidadãos a aprovarem a moeda única, disse que "não foi fácil realizar a campanha" num momento em que vários países da zona do euro estão "em uma profunda recessão", sem mencionar explicitamente quais são eles. A Suécia rejeitou a adoção do euro como moeda única, segundo os resultados oficiais, com 95% dos votos apurados. De acordo com estes dados, o "não" teria obtido 56,4% dos votos, contra 41, 5% do "sim". 2% dos votos foram brancos. O índice de participação superou os 80% dos mais de sete milhões de eleitores suecos. A vitória do "não" confirma a tendência majoritária expostas em todas as pesquisas dos últimos meses, nas quais os opositores à implantação da moeda única tiveram sempre uma considerável vantagem. Nos últimos dias, chegou-se a apontar um empate e até mesmo uma vitória do "sim", pelo possível impacto no voto dos suecos do assassinato da ministra de Relações Exteriores, Anna Lindh, fervorosa defensora da adoção do euro e uma das políticas mais populares do país. Os partidários do "não" argumentaram que, ao se integrar à zona euro, a Suécia perderia autonomia e seu sistema social seria afetado. O país entrou para a União Européia em 1995, junto com Finlândia e Áustria.

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