
07 de agosto de 2012 | 10h42
Texto atualizado às 12h04
KILIS, TURQUIA - Um general de brigada estaria entre os mais de 1,3 mil sírios que fugiram do país para a Turquia durante a madrugada desta terça-feira, 7. A informação é da chancelaria turca, que publicou uma mensagem no Twitter, segundo a qual outros 11 oficiais do Exército também estariam no grupo.
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"Esses números, junto aos números dos que buscam refúgio em outros países, mostra como é grave a situação na Síria", disse a chancelaria. A ONU disse hoje que cerca de 3 milhões de pessoas precisarão de ajuda humanitária e alimentar durante pelo menos 12 meses no país.
Enquanto milhares escapam da violência no país, os rebeldes tentam expandir a área sob seu controle na cidade de Alepo, a maior da Síria, apesar de duas semanas de contra-ataques das forças do presidente Bashar Assad.
Bombardeios
Tropas do governo fortemente armadas vêm bombardeando continuamente as áreas controladas pelos rebeldes na cidade, particularmente o bairro de Salaheddinee e outros distritos na parte sudoeste. Ativistas baseados em Alepo afirmam que combates estão acontecendo hoje próximos ao centro histórico da cidade, o que sugere que os rebeldes estão conseguindo avançar.
Uma autoridade do governo da Turquia afirmou que até a manhã desta terça-feira (horário local), 1.328 refugiados sírios cruzaram a fronteira, número quase duas vezes maior que o de segunda-feira. A fonte falou em condição de anonimato.
Ativistas dizem que os intensos bombardeios na cidade de Tal Rafaat, próxima à fronteira, forçaram dezenas de pessoas a fugir para a Turquia em busca de segurança. Os recém-chegados aumentaram o número de refugiados sírios na Turquia para quase 48 mil. O país também serve de base de apoio para os rebeldes.
"Nós esperamos um massacre em Alepo. O regime está trazendo reforços para a cidade pois acha que, se Alepo cair, o regime cairá", disse Abu Ahmad, um refugiado sírio na Turquia. "A cidade está sendo bombardeada pelo ar e pelo solo", afirmou ele, acrescentando que está em contato diário com moradores da cidade. Os rebeldes aparentemente também estão recebendo reforços.
Com AE, AP e Reuters
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