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Mais de 250 são detidos para prestarem depoimentos sobre atentados na Índia

Investigações mostram que explosivo usado foi nitrato de amônia. Depoimento de testemunhas ajuda a polícia a elaborar retratos-falados de possíveis envolvidos nos ataques

Por Agencia Estado
Atualização:

Mais de 250 pessoas foram detidas neste sábado em Mumbai para serem interrogadas sobre os atentados de terça-feira, no qual 250 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas, informou a agência indiana de notícias PTI. As prisões aconteceram, nas primeiras horas da manhã, na área de Mahim, uma zona freqüentada por emigrantes ilegais de Bangladesh. De acordo com as informações, cerca de 400 agentes de polícia e da brigada antiterrorista participaram da operação. Das 285 pessoas retidas para serem interrogadas, por enquanto a Polícia prendeu formalmente 11. Elas estavam sendo procuradas por acusações anteriores e serão entregues à justiça. Nos últimos dias, a polícia do estado de Maharashtra deteve outras 200 pessoas em diferentes partes do estado. A maioria é de supostos membros do Movimento Islâmico de Estudantes da Índia (Simi), uma organização ilegal suspeita de oferecer apoio logístico a um grupo maior. A polícia também colheu depoimento de cerca de 350 vítimas e testemunhas dos atentados. Com a ajuda deles, elaborou retratos-falados de pessoas que poderiam ter deixado nos trens as bolsas com explosivos. As agências de inteligência indianas também confirmaram que o explosivo utilizado nos ataques não é RDX, como se imaginava inicialmente, e sim nitrato de amônia. O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, pediu ontem ao Paquistão que reprima a infra-estrutura terrorista em seu território. Porém, a Índia ainda não acusou oficialmente nenhum grupo terrorista. Nenhuma organização reivindicou até agora autoria dos ataques. Porém, a imprensa aponta como principal suspeito o grupo terrorista paquistanês Lashkar-e-Toiba (LeT), que luta pela anexação da Caxemira indiana ao Paquistão. O LeT foi responsável por vários atentados na Índia nos últimos anos.

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