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Mais de 500 mil já deixaram suas casas no Líbano

Número não contabiliza os cerca de 70 mil estrangeiros que já deixaram o país após o início da ofensiva israelense contra o território libanês

Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 500 mil libaneses já abandonaram suas residências desde o início dos bombardeios israelenses contra cidades do Líbano, informou nesta terça-feira a Unicef (Fundo da ONU para a Infância). Segundo a ONU, a situação requererá uma intervenção massiva de agências humanitárias, que já se mobilizaram para ajudar os refugiados com alimentos, comida, abrigo e assistência médica e sanitária. Segundo a Unicef, a maioria dos refugiados procuraram o apoio de familiares e amigos residentes em áreas mais seguras. Ainda assim, mais de 40 mil pessoas só conseguiram abrigo em escolas e prédios públicos. Para discutir formas de fornecer ajuda a essas pessoas, agências da ONU, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e organizações não-governamentais realizaram uma reunião em Genebra para compartilhar informações e desenvolver um plano de ação conjunto. Um grupo formado por membros dessas organizações já está a caminho de Beirute. Paralelamente, a Unicef requisitou uma ajuda de aproximadamente US$ 7,5 milhões, que será usada com o objetivo de sanar as necessidades de mulheres e crianças nas áreas de risco. O dinheiro também será usado para gastos com saúde, nutrição, água e assistência sanitária. Retirada do território Entre as pessoas que deixaram o território libanês por terra, estima-se que mais de 30 mil são libaneses, enquanto 70 mil são cidadãos de outras nacionalidades. Nesta terça-feira, os EUA enviaram nove navios de guerra ao Líbano para retirar cerca de 25 mil americanos que vivem no país. Já o Canadá, mandou seis embarcações para buscar mais 30 mil canadenses-libaneses. O Brasil também está retirando seus cidadãos (leia nos links ao lado). A retirada americana, no entanto, foi amplamente criticada devido a demora no envio das embarcações para o país. O governo americano justificou o fato alegando ter escolhido retirar seus cidadãos por mar devido aos riscos de uma retirada por terra. Os americanos também criticaram a taxa de US$ 150 que será cobrada de cada cidadão que embarcar nos navios de resgate. "Uma nação que tem US$ 300 bilhões para gastar em uma guerra no Iraque pode providenciar dinheiro para retirar seus cidadãos do Líbano", criticou a líder do Partido Democrata no congresso, Nancy Pelosi. Entre os europeus, entretanto, a retirada foi mais tranqüila. Desde o final de semana, países como Espanha, Grécia e Grã-Bretanha já vinham resgatando seus cidadãos com o apoio de navios e helicópteros, em uma das maiores retiradas em massa da história. Já o Canadá, que possui mais de 30 mil cidadãos no Líbano, enviou seis navios de passageiros para a região. O objetivo é retirar cerca de 4.500 cidadãos por dia, que serão levados para o Chipre. Três aviões estacionados nesta ilha do mediterrâneo serão utilizados para levar os canadenses para casa. Uma família de Montreal perdeu oito de seus membros, incluindo quatro crianças, devido a um bombardeio israelense no domingo.

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