Mais de cem são presos em protestos na África do Sul

Manifestações em áreas pobres exigem melhores condições de moradia.

PUBLICIDADE

Por BBC Brasil
Atualização:

Mais de cem pessoas foram presas na última semana na África do Sul em uma onda de protestos em áreas pobres do país, onde a população pede melhores condições de moradia. O correspondente da BBC em Johanesburgo Jonah Fisher diz que o desemprego e a recessão no país estão agravando o descontentamento das pessoas em relação ao governo e à falta de serviços como saneamento básico, luz e água. Houve confrontos entre manifestantes e policiais em várias regiões do país. Nesta quarta-feira, a policia disparou balas de borracha contra manifestantes em Johanesburgo, na região da província de Mpumalanga, no nordeste do país, e na província de Cabo Ocidental, no sul da África do Sul. Em Mpumalanga, estabelecimentos comerciais pertencentes a estrangeiros teriam sido saqueados e imigrantes, buscado proteção policial. Pressão em Zuma Na terça-feira, carros da polícia foram apedrejados em Thokoza, nas proximidades de Johanesburgo No bairro próximo de Diepsloot, carros e casas haviam sido queimadas na semana passada em protesto contra planos do governo de derrubar uma favela para dar lugar a obras de esgoto. Analistas dizem que a onda de protestos aumenta a pressão para que o presidente Jacob Zuma cumpra suas promessas de campanha de fazer do combate à pobreza sua prioridade, três meses após o início de seu governo. Mas a África do Sul anunciou em junho que atravessava sua pior recessão em 17 anos. Mais de um milhão de sul-africanos ainda vivem em condições de miséria, sem eletricidade ou água corrente. Jonah Fisher diz que a tensão crescente lembra os ataques xenófobos que mataram mais de 60 estrangeiros no ano passado. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.