Mais dois supostos ajudantes de Mladic são detidos

Autoridades asseguram que descobriram uma rede de ajudantes de Mladic

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Por Agencia Estado
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As autoridades judiciais sérvias anunciaram nesta sexta-feira a detenção de mais duas pessoas suspeitas de ajudar o general Ratko Mladic, um dos supostos criminosos de guerra mais procurados, que continua foragido da Justiça. A porta-voz do Segundo Tribunal Municipal de Belgrado, Marina Klaric-Zivkovic, não revelou a identidade desses supostos ajudantes do general foragido, acusado pelo Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII), embora tenha anunciado que os detalhes serão dados durante o dia. A agência de notícias belgradina Beta assegura que um dos detidos é um oficial servo-bósnio reformado. Na última quinta-feira foi anunciada também a detenção de três civis, supostos ajudantes de Mladic, e cujo caso foi declarado segredo de Estado. Diferentes meios de comunicação de Belgrado informaram que a polícia está realizando nesta sexta-feira diversas buscas em Belgrado para encontrar Mladic. Os acessos à casa da família do general foragido no bairro de Banovo Brdo foram bloqueados. As novas detenções ocorrem depois de a União Européia (UE) suspender, na quarta-feira, as negociações com a Sérvia e Montenegro sobre o Acordo de Estabilização e Associação devido ao fato de Belgrado não ter entregado Mladic ao TPII. A UE anunciou que está disposta a retomar as negociações quando a Sérvia cumprir o compromisso de cooperar plenamente com a corte internacional, com sede em Haia. Autoridades de Belgrado asseguraram nos últimos dias que foi descoberta a rede de ajudantes de Mladic e que se reforçou a busca pelo ex-comandante militar servo-bósnio. Desde janeiro passado, foram detidos cinco supostos ajudantes de Mladic, quatro deles oficiais reformados servo-bósnios e servo-montenegrinos, além de um civil - excluindo-se as detenções de quinta e desta sexta. Os casos contra eles também foram declarados segredo de Estado. O general Mladic, foragido há quase uma década, é acusado de genocídio e outros crimes cometidos durante a Guerra da Bósnia (1992-1995), incluindo o massacre de cerca de 8 mil homens e meninos muçulmanos de Srebrenica e o cerco a Sarajevo. Mladic e o ex-líder político servo-bósnio Radovan Karadzic lideram a lista de seis acusados pelo TPII que ainda permanecem em liberdade e que a corte reivindica a Belgrado.

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