Mais ilegais brasileiros são presos nos EUA

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O número de brasileiros presos ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos dobrou nos doze meses encerrados em setembro passado, saltando de 751, no período anterior, para 1.581. A esmagadora maioria das detenções - 1.241 - ocorreu ao longo da fronteira dos EUA com o México. O fenômeno já transformou o Brasil na segunda principal origem de imigrantes ilegais presos ao tentar ingressar nos EUA, depois do México. Segundo fontes oficiais norte-americanas, a explosão de imigrantes ilegais oriundos do Brasil começou em meados de 1999, depois que o governo mexicano, interessado em atrair mais turistas brasileiros, deixou de exigir visto de entrada para os nacionais do País. A prisão de centenas de imigrantes ilegais brasileiros não parece ter desestimulado aqueles que estão dispostos a enfrentar os riscos e ingressar ilegalmente nos EUA, expondo-se à exploração pelos chamados "coiotes", ou contrabandistas de pessoas, e aos perigos das longas travessias a pé dos desertos que dominam boa parte da fronteira americano-mexicana. Somente no primeiro trimestre deste ano, o número de imigrantes ilegais brasileiros presos ao chegar nos EUA atingiu 919. Destes, 809 foram capturados na fronteira EUA-México. A maioria é jovem. Muitos usam cartão de crédito para comprar passagem de ida-e-volta para o México. Presos, passam semanas nos centros de detenção antes de serem deportados. Até 1998, o número de brasileiros presos ao tentar entrar ilegalmente nos EUA raramente passava de 500 por ano. Numa projeção um tanto alarmista e de confirmação improvável, o Serviço de Imigração e Naturalização alertou esta semana que, a continuar o ritmo atual de crescimento das detenções de indocumentos brasileiros pela polícia de fronteira americana, seu número atingirá 100 mil em apenas cinco anos. As estimativas sobre o número de imigrantes ilegais brasileiros atualmente nos EUA variam entre 500 mil e 1 milhão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.