Reuters
CARTUM- O partido Umma, um dos principais do Sudão, afirmou nesta quarta-feira, 7, que irá boicotar as próximas eleições presidenciais, regionais e legislativas que ocorrerão no país na semana que vem, questionando sua credibilidade.
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O presidente Omar Hassan al-Brashir esperava ganhar o pleito de 11 de abril em desafio a uma ordem de prisão da Corte Criminal Internacional contra ele.
O boicote do Umma, e o do principal partido do sul do país, anunciado um dia antes, irá afetar a credibilidade das primeiras eleições multipartidárias sudanesas em 24 anos.
"O bureau político decidiu boicotar as próximas eleições em todos os níveis", disse a jornalistas Sara Nugdullah, representante oficial do partido.
A sigla impôs oito condições para participar do pleito, entre elas um adiamento de um mês na data das votações, e financiamento governamental para partidos políticos.
Sarah afirmou que o líder do Umma, Sadeq al-Mahdi, foi autorizado a "tomar parte nos interesses nacionais", mas três oficiais do partido negaram que isso afetaria a decisão de boicotar as eleições.
Duas fontes do bloco disseram que Mahdi pode considerar tomar uma posição semelhante ao do ex-rebelde do sul Movimento pela Liberação do Povo do Sudão (SPLM), que na terça anunciou um boicote no norte, exceto nos estados central Blue Nile e no de Kordofan, no sul.
Mahdi foi o último líder eleito democraticamente no Sudão em 1986 e foi um dos principais adversários de Bashir nas eleições presidenciais.