Malala se encontra com jovens sequestradas pelo Boko Haram
Em visita à Nigéria, Prêmio Nobel pediu um 'estado de emergência para a educação' no país
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Por Redação
Atualização:
A Prêmio Nobel da Paz Malala Yousafzai pediu nesta segunda-feira (17) a declaração de "estado de emergência para a educação" na Nigéria, durante visita na qual conheceu algumas das estudantes de Chibok sequestradas pelo Boko Haram.
A ativista pela educação mundial, de 20 anos, fez sua proposta durante um ato com o presidente interino, Yemi Osinbajo, no complexo presidencial em Abuja.
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Na Nigéria há 10,5 milhões de crianças que não vão à escola e 60% delas são meninas, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Muitas delas estão no nordeste do país, onde os rebeldes do Boko Haram infligiram importantes danos à educação nos últimos nove anos.
"Destaquei algumas questões", disse após o encontro Malala, que quase morreu por um tiro do Taleban no Paquistão em 2012, motivada pela defesa da educação para as crianças.
"A primeira delas foi pedir ao governo que declarasse estado de emergência para a educação, porque a educação das meninas e dos meninos nigerianos é realmente importante", relatou.
"Segundo, o gasto deve ser público e, terceiro, a Lei dos Diretos da Infância deve ser implementada em todos os Estados", disse à imprensa. A ativista afirmou que sua proposta recebeu uma "resposta positiva" de Osinbajo.
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Malala reuniu-se com algumas estudantes que foram sequestradas pelos militantes do Boko Haram em Chibok em abril de 2014, um dos principais símbolos dos ataques à educação das crianças no país.
"Estou muito emocionada por vê-las retornando a seus lares e com suas famílias para seguir com a educação", disse de uma instalação do governo que as acolhe em Abuja.
No total, 106 das mais de 200 estudantes sequestradas foram libertadas, resgatadas ou escaparam após mais de três anos de cativeiro, mas 113 ainda estão retidas. / AFP
Sequestro de alunas nigerianas pelo Boko Haram completa um ano
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A representante do governo americano Carolyn Maloney discursou durante a manifestação Foto: Andrew Burton/AFP
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Também na Nigéria, mulheres caminharam com uma fita adesiva na boca. Não se sabe sobre o paradeiro das meninas sequestradas. Foto: EFE
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A campanha do Boko Harampor um Estado islâmico no norte da Nigéria tem se tornado mais violenta desde amorte do seu líder, Mohammed Yusuf, em 2009 Foto: EFE
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Os militantes islâmicos sequestraram as meninas da aldeia Chibok, no nordeste da Nigéria, em 14 de abril do ano passado Foto: AFP
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O fatochocou nigerianos e provocou indignação internacional. Um ano depois, a maioria permanece em cativeiro Foto: AP