Maliki considera ´improvável´ uma guerra civil no Iraque

Governo buscará ´todas as opções´ para acabar com terrorismo, diz primeiro-ministro

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Por Agencia Estado
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O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, afirmou que o "sucesso" das forças armadas do país "em colaboração com a população de Bagdá" torna "improvável uma guerra civil" no Iraque. Em entrevista ao jornal francês Le Figaro, o chefe do governo disse que é cedo para fazer um balanço do plano de segurança iniciado há um mês, mas opinou que suas medidas "funcionam bem". "Em 30 dias, 1.030 famílias voltaram para as suas casas. A violência confessional caiu 80%", citou Maliki. Ele se mostrou preocupado, porém, com "os carros-bomba lançados pelos terroristas contra mercados, universidades e outros lugares públicos". O primeiro-ministro disse que as relações com o Exército americano entraram "numa nova fase". "As forças iraquianas se dispõem a assumir a responsabilidade da segurança em outras regiões", explicou. Maliki afirmou que o governo recorrerá "a todas as opções" para acabar com o terrorismo, "desde a força até o diálogo". Paz Sobre a conferência internacional de paz de Bagdá, reunindo a comunidade internacional e países como Irã e Síria, Maliki informou que ela deverá servir para dar "uma nova visão das relações futuras" com os vizinhos. "O sucesso da conferência depende da natureza do apoio que os países participantes estarão dispostos a oferecer ao Iraque em matéria de segurança", analisou. O primeiro-ministro afirmou que as relações com o Irã se baseiam na "boa vizinhança" e na "não-intervenção em assuntos internos". As relações com a Síria, avaliou, "têm melhorado notavelmente" e "os irmãos sírios prometeram vigiar a fronteira para impedir infiltrações terroristas". O primeiro-ministro pediu à França que "apóie a experiência política no Iraque" sem prejulgamentos.

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