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Manifestação contra extrema direita reúne 150 mil pessoas na Alemanha

O protesto foi organizado por grupos de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional;

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Por Redação
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BERLIM - Manifestantes de toda a Alemanha marcharam em Berlim neste sábado, 13, contra a xenofobia e a extrema direita em um dos maiores protestos do país nos últimos anos. Os organizadores estimam que mais de 150 mil pessoas participaram do ato. Protestos semelhantes ocorreram em Dresden, Koethen e outras cidades do leste.

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Segundo organizadores, 150 mil pessoas participaram de ato contra a extrema direita na Alemanha. Foto: John MACDOUGALL/AFP

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Um porta-voz da polícia se recusou a estimar o tamanho da multidão no protesto, que foi organizado por grupos de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional.

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Os manifestantes carregavam cartazes que diziam "Construa pontes, não paredes", "Unidos contra o racismo" e "Somos indivisíveis - por uma sociedade aberta e livre". Alguns dançavam música pop em um dia quente de outono.

'Construa pontes, não paredes' foi uma das frases utilizadas pelos manifestantes durante ato em Berlim. Foto: Michele Tantussi/Reuters

A chegada de mais de um milhão de migrantes, muitos de zonas de guerra no Oriente Médio, aumentou o apoio ao partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) . Espera-se que a legenda se saia bem na eleição na Bavária, há muito uma fortaleza da conservadora União Social Cristã, que integra o governo de coalizão federal da chanceler Angela Merkel.

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Mulher segura placa com a frase 'Racismo não é alternativa' durante protesto contra extrema direita em Berlim. Foto: Markus Schreiber/AP Photo

Em agosto, grupos de extrema direita na cidade de Chemnitz, no leste do país, entraram em confronto com a polícia e perseguiram pessoas que acreditavam ser estrangeiras após o esfaqueamento fatal de um alemão ter sido atribuído a dois migrantes.

Banner em que se lê 'Indivisível - solidariedade em vez de exclusão'. Foto: Kamil Zihnioglu/EPA/EFE

No entanto, o número de ataques violentos contra refugiados e contra abrigos na Alemanha caiu drasticamente no primeiro semestre deste ano. Duas empresas também alertaram seus funcionários alemães sobre os perigos do populismo antes das eleições regionais na Bavária. /Reuters

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