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Manifestação na Síria termina com 5 mortos pelas forças de segurança

Soldados sírios dispararam contra manifestantes em Damasco, Homs e outras cidades

Atualização:

CAIRO - Em uma nova jornada de protestos contra o regime do presidente Bashar Assad, pelo menos cinco pessoas morreram pelos disparos das forças de segurança em várias regiões da Síria nesta sexta-feira, 23, informou um ativista opositor.

 

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O porta-voz dos Comitês de Coordenação Local, Omar Edelbe, afirmou à Agência Efe que duas pessoas morreram na província de Homs (centro), outra em Damasco, uma na província de Rif Damasco (leste) e a última na região de Abu Kamal, na fronteira com o Iraque.

 

Na manifestação, batizada de "Sexta-feira da unidade da oposição", milhares de sírios tomaram as ruas depois da oração muçulmana do meio-dia. No entanto, os protestos foram reprimidos pelas forças de ordem com disparos e gás lacrimogêneo.

 

Segundo os Comitês, os corpos de segurança dispararam sem qualquer tipo de cautela contra os manifestantes em Homs, onde um jovem morreu e outros três ficaram feridos na região de Zafaran, enquanto outro perdeu a vida em Telbise.

 

Já na capital, uma pessoa foi morta pelos disparos efetuados pelas forças do regime quando saía de uma mesquita. Edelbe relatou que os protestos desta sexta-feira foram grandes e se estenderam por cidades de todo o país.

 

Para impedir mobilizações, as forças da ordem efetuaram detenções maciças em Zamalka e se desdobraram para evitar manifestações em Duma, ambas na província de Rif Damasco, onde uma jovem morreu por causa dos ferimentos sofridos durante uma emboscada dos militares nesta última quinta-feira.

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Além disso, os Comitês de Coordenação Local informaram que em Hama ocorreu um forte tiroteio acompanhado de uma rígida batida policial para prender ativistas.

 

Esta nova sexta-feira de protestos coincide com o embargo da UE aos investimentos no setor petrolífero sírio, assim como a entrega de notas e moedas sírias fabricadas no bloco europeu ao Banco Central da Síria.

 

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