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Manifestações deixam ao menos 2 mortos no Iêmen

Atualização:

SANAAOs protestos contra o regime do Iêmen causaram duas mortes ontem, durante uma manifestação que juntou cerca de 500 pessoas na cidade de Áden. Segundo fontes médicas, o primeiro dos mortos de ontem, Mohammed Alwani, de 21 anos, foi atingido por um tiro. Em uma marcha na capital, Sanaa, cerca de 800 manifestantes foram atacados por apoiadores do governo, que os perseguiram com carros, portando adagas e porretes. A agência EFE afirmou que 19 ficaram feridos nos protestos. Em Áden, uma delegacia foi cercada pelos manifestantes, que ainda incendiaram um edifício público e carros. A polícia respondeu com disparos para o alto. Duas pessoas foram atingidas por balas perdidas. As manifestações no Iêmen já se estendem por três semanas. Os protestos exigem a queda do presidente Ali Abdullah Saleh, no poder há 32 anos, e a melhora da situação econômica num dos países mais pobres do mundo árabe. "Esses loucos querem destruir o país. Vamos bater neles até que retomem a razão", disse em Sanaa um apoiador do líder. Vários manifestantes e jornalistas foram agredidos durante o protesto de ontem na capital iemenita. Militantes da oposição afirmaram que pelo menos dez pessoas foram esfaqueadas. "Não somos mais fracos que os tunisianos ou os egípcios. E nossa situação é pior que a deles", disse o universitário Rafea Abdullah. Confrontado pelos protestos enquanto luta contra o ressurgimento da Al-Qaeda no país, Saleh promete deixar o cargo em 2013. / REUTERS e EFE

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