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Manifestante morre durante confronto entre sindicalistas em Buenos Aires

Segundo a polícia, trabalhadores do setor ferroviário entraram em choque durante uma passeata.

Por BBC Brasil
Atualização:

Integrante do Partido Obrero segura foto de Mariano Ferreira, morto durante os protestos Um manifestante argentino morreu nesta quarta-feira durante um confronto entre sindicalistas do setor ferroviário, no bairro de Barracas, em Buenos Aires. Segundo a polícia e médicos que o atenderam, o militante do partido Pólo Obrero, Mariano Ferreira, de 23 anos, levou um tiro no tórax. "Era uma manifestação pacifica, mas de repente vieram os sindicalistas da União Ferroviária e alguém deu tiros na nossa direção", afirmou Diego Cárdias, da União Ferroviária Terceirizada, em entrevista à emissora de televisão TN (Todo Noticias). Segundo ele, a manifestação era realizada por ferroviários terceirizados que ficaram desempregados nos últimos sete meses. O protesto contou com apoio de legendas de esquerda, como o Pólo Obrero. As primeiras informações indicam, de acordo com a polícia, que os confrontos foram entre este setor e os que representam os que têm emprego formal. Líderes da legenda Pólo Obrero, como Marcelo Ramal, pediram "justiça" diante das câmeras de televisão. Pedradas No episódio, duas outras pessoas foram feridas, com tiros e pedradas, e estão hospitalizadas. Em protesto contra a morte de Ferreira, uma das principais centrais sindicais do país, a CTA (Central dos Trabalhadores Argentinos) convocou uma greve para esta quinta-feira. No fim da noite, manifestantes, com cartazes e bandeiras, realizaram passeatas nas principais avenidas da capital argentina. Eles tentaram invadir uma central de trens, a estação Constituição. Cerca de duzentos policiais, segundo cálculos da imprensa, ocuparam o local na tentativa de impedir a entrada dos manifestantes ao local. O serviço de trens foi parcialmente suspenso. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, expressou "seu mais enérgico repudio" contra a morte de Ferreira. O chefe de gabinete (equivalente a Casa Civil), Aníbal Fernández, disse que a morte era uma "aberração". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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