Manifestantes contra e pró-governo se enfrentam no Iêmen

País vive quarto dia consecutivo de protestos inspirados pelas manifestações do Egito e da Tunísia

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Por BBC Brasil
Atualização:

Manifestantes pró-governo perseguem dissidentes em Saana. Foto: Khaled Abdullah/ReutersSAANA - Centenas de manifestantes contra e a favor do governo do Iêmen se enfrentaram nesta segunda-feira ao sul da capital do país, Sanaa.  O Iêmen entrou nesta segunda-feira em seu quarto dia consecutivo de protestos. Os manifestantes exigem reformas políticas e a renúncia do presidente do país, Ali Abdullah Saleh.  Nos confrontos desta segunda, os ativistas das duas facções jogaram pedras uns contra os outros. E os manifestantes anti-governo marcharam rumo ao quartel general da divisão de Inteligência da polícia.

 

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Veja também:especial Infográfico: A revolta que abalou o mundo árabeOs protestos são inspirados pelas manifestações que tiveram início no Egito no dia 25 de janeiro e que levaram à queda do regime do presidente Hosni Mubarak.  A polícia se posicionou entre os cerca de 500 ativistas contrários ao governo de Ali Abdullah Saleh e um grupo de cem pessoas a favor do regime que se posicionava do outro lado. Os ativistas contrários ao governo gritavam slogans como ''Ei, Ali, saia, saia. Não há solução, exceto sair'' . Manifestações também foram registradas em outro ponto do Iêmen, a cidade industrial de Taiz.   Os manifestantes em Sanaa exigiram também a libertação de ativistas presos ao longo dos quatros dias de protestos, nas duas cidades. Os protestos contrários ao regime ganharam força nas últimas semanas no país, chegando a reunir até dezenas de milhares de pessoas.  O temor de que a situação se deteriorasse ainda mais obrigou Saleh a fazer concessões expressivas, entre elas a promessa de encerrar seu mandato em 2013.  Saleh, que governa o Iêmen há 32 anos, adiou uma visita que tinha programado no domingo a Washington, devido à instablidade no país. Leia ainda: linkArgélia promete pôr fim a estado de exceçãolink Irã reforça policiamento para impedir manifestações linkPremiê da Autoridade Palestina dissolve gabinetelinkManifestantes e policiais entram em confronto no Bahrein


 

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