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Manifestantes depredam jornal no Paquistão

Por Agencia Estado
Atualização:

Centenas de manifestantes enfurecidos detruíram hoje as impressoras de um jornal paquistanês, publicado em língua inglesa, na cidade fronteriça de Peshawar, no norte do Paquistão, acusando o diário de publicar uma carta ?blasfema?. Embora o ataque ao The Frontier Post não tenha deixado ninguém ferido, os manifestantes indignados marcharam por Peshawar gritando slogans contra o jornal e pedindo a pena de morte para o proprietário e os jornalistas. A revolta foi provocada por uma carta enviada ao editor do jornal por e-mail, que acusa o profeta Maomé, fundador do islamismo, de comportamento perverso e de castigar os judeus. O autor da carta é desconhecido. "Abaixo o Frontier Post", gritavam os manifestantes, enquanto atiravam pedras contra a sede do jornal, antes de incendiá-lo. "Enforquem todos que insultaram o profeta!" Na segunda-feira, a polícia fechou os escritórios do The Frontier Post e selou suas impressoras por publicar "as piores ofensas" contra o Profeta e o livro sagrado muçulmano, o Corão. Quatro jornalistas e um operador de computador foram detidos e a polícia também abriu um processo por blasfêmia contra a administração. No Paquistão, um Estado islâmico, a máxima punição para casos de blasfêmia contra o Islã, o Corão e seu profeta é a pena de morte.

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