22 de outubro de 2012 | 07h04
O assassinato de Hassan ameaça detonar tensões sectárias latentes no Líbano, já agravadas pelo conflito na Síria- cujo governo é acusado por sunitas e cristãos libaneses de estar por trás do atentado que matou o militar.
Após o enterro, milhares de libaneses se juntaram em um protesto pacífico na Praça dos Mártires, em Beirute, acusando seu premiê de manter laços próximos demais com o ditador sírio, Bashar Assad, e seus aliados do grupo xiita Hezbollah - que integra o governo de Mikati. Um grupo marchou em direção ao gabinete do premiê, cujo acesso estava interditado por arame farpado. Enquanto ultrapassavam as barreiras, os manifestantes atacavam a polícia com pedras e garrafas.
"O governo deve cair, mas queremos que isso ocorra pacificamente", disse o opositor Saad al-Hariri após o confronto. Durante a noite, manifestantes impediram acesso ao aeroporto de Beirute e a outras vias com pneus em chamas. Sunitas levantaram bloqueios no subúrbio, lembrando os tempos da guerra civil libanesa. Washington e Beirute fizeram ontem um acordo verbal para que os EUA ajudem a investigar a morte de Hassan. / NYT e REUTERS
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