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Manifestantes pedem renúncia de golpista na Tailândia

Desde 2006, o país tem um governo militar e um primeiro-ministro escolhido a dedo

Por redacao
Atualização:

Cerca de 15.000 pessoas protestaram na noite de sábado em frente ao Grande Palácio Real em Bangcoc para pedir a renúncia do líder golpista, general Sonthi Boonyaratglin. A passeata foi pacífica, embora manifestantes e policiais - 3.000 agentes vigiaram o protesto - tenham se acusado mutuamente de tentar provocar enfrentamentos violentos. Os manifestantes, aos gritos de "Komocho o pai!" ("Fora, ditador!"), enfrentaram a chuva de tarde, quando se esperava o maior número de manifestantes. Desde o golpe de Estado de 19 de setembro de 2006, a Tailândia tem um governo militar e um primeiro-ministro escolhido a dedo, Surayud Chulanont. As próximas eleições estão previstas para dezembro. Ao longo deste mês, têm acontecido protestos diários para exigir a renúncia do chefe da Junta, o general Sonthi Boonyarataklin, e outros militares. As manifestações durante o fim de semana, que começaram com a transmissão de uma mensagem gravada por Thaksin Shinawatra na sexta-feira à noite, levaram as autoridades a posicionar 13.000 soldados por toda a cidade e pôr em alerta 22.000 policiais, com o receio de protestos violentos. Surayud disse que está "preparado e aberto para falar com Thaksin. Está em seu direito de voltar para defender-se perante a Justiça", após o congelamento de mais de 53 bilhões de baht (US$ 1,624 milhão) da família do ex-primeiro ministro. Thaksin tem 60 dias para apelar.

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