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Manifestantes pró-Síria seguem acampados em Beirute

Primeiro-ministro disse que não pretende renunciar; militantes da oposição e do Hezbollah afirmam que continuarão acampados até que o governo caia

Por Agencia Estado
Atualização:

Centenas de militantes da oposição pró-Síria e ativistas da organização xiita Hezbollah continuam acampados neste sábado, no centro de Beirute, no Líbano. A ação faz parte de um protesto que tem por objetivo derrubar o governo do premier libanês, Fouad Siniora, acusado de ser "pró-ocidental". Siniora, que esteve reunido em seu gabinete com outros ministros, já afirmou que não pretende renunciar. Nesta manhã, dezenas de pessoas chegaram ao local para acompanhar os manifestantes, que passaram a noite em barracas. Na sexta-feira, os organizadores do protesto promoveram uma manifestação e bloquearam durante várias horas o acesso à sede do governo. Eles alegam que não foram apoiados durante o conflito com Israel e reclamam por não terem recebido o dinheiro prometido àqueles que perderam suas casas. "Sinora, vá embora" e "O que você fez com o dinheiro enviado para ajudar às pessoas que perderam suas casas?", foram algumas das palavras de ordem repetidas neste sábado. A oposição deseja prosseguir com os protestos "até a queda do governo", segundo o parlamentar do Hezbollah, Nawar Sahli, que garantiu: "Continuaremos aqui até alcançar este objetivo". Por sua vez, Saad Hariri, chefe do maior grupo parlamentar, assegurou que "o governo de Siniora não cairá, qualquer que seja a duração das manifestações". Atualmente, a oposição pró-Síria reivindica a formação de um governo de união nacional e exige, de forma radical, a queda do atual Executivo, acusado de ser inconstitucional. Após a renúncia de alguns ministros e o assassinato do político pró-síria Pierre Gemayel, o governo libanês enfrenta uma séria crise. Segundo a legislação do país, a renúncia ou o assassinato de outros dois ministros causariam a queda automática do governo.

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