Manifestantes protestam contra caricaturas de Maomé

O gramado em frente ao prédio da embaixada dinamarquesa em Teerã ficou em chamas devido às bombas caseiras.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 50 manifestantes lançaram coquetéis molotov na terça-feira à noite contra a embaixada dinamarquesa em Teerã, em um protesto contra o concurso de charges sobre Maomé organizado pela Juventude do Partido Popular Dinamarquês. O gramado em frente ao prédio da embaixada ficou em chamas devido às bombas caseiras. Segundo declarações do embaixador dinamarquês no Irã, Soeren Haslund, à agência dinamarquesa Ritzau, a Polícia iraniana agiu com rapidez e evitou que o problema se tornasse maior. Segundo Haslund, os policiais dispersaram a concentração para impedir que os manifestantes, que disseram que voltariam nesta quarta-feira, pudessem entrar no edifício. O ministério de Cultura e Consulta Islâmica condenou um vídeo divulgado na sexta-feira que mostra membros da Juventude do partido de extrema-direita mostrando caricaturas de Maomé. O ministério qualificou a gravação de "um novo ataque contra a santidade do profeta". As imagens foram divulgadas, primeiramente, pelo jornal Nyhedsavisen. Em seguida, foi a vez de os canais públicos de televisão DR e TV2 transmitirem o vídeo, no qual são exibidos jovens mostrando as caricaturas de Maomé bebendo cerveja, urinando e como um terrorista bombardeando Copenhague. O ministério de Relações Exteriores dinamarquês convocou na segunda-feira os embaixadores de países islâmicos creditados na Dinamarca para desvincular o conteúdo do vídeo da imagem do governo. O ministério também quer deixar claro que as imagens não foram gravadas pela televisão pública, e sim feitas em uma festa particular realizada em agosto. O Conselho de Muçulmanos Dinamarqueses e o grupo artístico Defending Denmark anunciaram nesta quarta-feira que enviarão um comunicado conjunto aos embaixadores islâmicos. Nele, querem deixar claro que o objetivo do vídeo era criticar o partido, e não ridicularizar Maomé. As imagens foram retiradas do site do Defending Danmark e do jornal Nyhedsavisen.

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