Manifestantes protestam contra reforma do Governo libanês

Milhares de estudantes, professores e trabalhadores protestaram contra o plano de reformas do Governo, que inclui alta de impostos e supressão de benefícios sociais

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Por Agencia Estado
Atualização:

Milhares de estudantes, professores e trabalhadores protestaram contra o plano de reformas do Governo, que inclui alta de impostos e supressão de benefícios sociais Dezenas de milhares de pessoas fizeram uma manifestação nesta quarta-feira na capital libanesa contra um plano de reforma do Governo de Fouad Siniora, e exigem a renúncia do primeiro-ministro libanês. Os manifestantes - professores, estudantes e trabalhadores - se reuniram na praça Riad Solh, no centro de Beirute. "As cores amarelo (Hezbollah), laranja (do general Michel Aoun) e verde (Amal) derrubarão o Governo", dizia alguns dos cartazes levados pelos manifestantes. Outros proclamavam: "O plano de reformas só levará à destruição". A manifestação foi convocada em protesto contra o plano de reformas do Governo, que inclui uma alta de impostos, a supressão de benefícios sociais e a instauração dos contratos limitados. "Queremos que nos devolvam os bilhões" era outro lema dos cartazes, em referência à acusação dos manifestantes de que vários dirigentes são responsáveis pela dívida do país, estimada em mais de US$ 38 bilhões. Segundo algumas televisões locais, entre elas a rede do Hezbollah, o número de manifestantes superou o meio milhão, mas outras fontes situaram o total entre 50 e 100 mil. A manifestação, autorizada pelo Ministério do Interior, que mobilizou cerca de 1.500 soldados e o mesmo número de policiais para evitar qualquer incidente, terminou sem violência. Em entrevista à televisão Al-Manar, o general Aoun estimou que o Governo devia tirar "a lição de sua impopularidade. Os libaneses estão unidos no mesmo combate e defenderão seu pão e seus benefícios sociais". As forças anti-sírias estimaram que esta manifestação foi feita para satisfazer a Síria, cujas relações com o Líbano se deterioraram desde fevereiro passado, após o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri.

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