
21 de julho de 2009 | 15h30
Tropas de choque iranianas prenderam dezenas de pessoas nesta terça-feira após a realização de uma manifestação na capital Teerã que desafiou a determinação do governo proibindo aglomerações públicas, de acordo com testemunhas na cidade.
A proibição está em vigor desde junho, quando a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad deu início a uma série de protestos de manifestantes que acusam o governo de fraude eleitoral.
Testemunhas dizem que dezenas de pessoas foram detidas quando gritavam, no centro de Teerã, frases contra Ahmadinejad, a favor da democracia ou simplesmente palavras de ordem como "Deus é grande".
Desde junho, uma forma comum de protestos vem sendo o hábito de manifestantes subirem no topo de edifícios em Teerã, após o anoitecer, para gritar "Deus é grande".
A medida é uma forma de expressar solidariedade com a oposição e, ao mesmo tempo, não quebrar a lei.
Legitimidade
O candidato derrotado Hossein Mousavi contesta o resultado das eleições de junho e diz que a detenção de manifestantes não impedirá a continuidade dos protestos.
Mousavi tem recebido apoio de importante figuras políticas do país, incluindo dois ex-presidentes - Hashemi Rafsanjani e Mohammad Khatami.
Na segunda-feira, Khatami pediu por um referendo para medir a legitimidade do governo e disse que milhões de iranianos perderam a fé no sistema eleitoral do Irã, segundo sites de notícias do país.
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