Manifestantes incendiaram supermercado na cidade de Sohur, a 200 km da capital. Foto: Hamid al-Qasmi/Efe
MASCATE - Grupos de manifestantes se reuniram nesta segunda-feira, 28, para o 3º dia seguido de protestos que já provocaram diversos confrontos em Omã. As forças de segurança fecharam as principais vias de acesso a Sohar, a 200 de Mascate, a capital de Omã, em uma tentativa de isolar os manifestantes e impedir que os protestos aumentem.
Veja também: Galeria: Veja imagens dos conflitosInfográfico: A revolta que abalou o Oriente Médio Radar Global: Acompanhe os protestos na região
Omar al-Abri, um funcionário da agência estatal de notícias Oman News, informou que foi confirmada a morte de uma pessoa no domingo, depois que a polícia utilizou gás lacrimejante e balas de borracha para dispersar as centenas de manifestantes que saíram nas ruas de Sohar. Funcionários de hospitais estatais disseram que duas pessoas haviam morrido.
Testemunhas afirmaram que um supermercado foi incendiado nesta segunda e que centenas de manifestantes, em sua maioria jovens, haviam se reunido na praça principal da cidade, exigindo aumentos salariais, empregos para os jovens e a mudança de ministros do governo. Segundo testemunhas, a polícia não respondeu aos protestos desta segunda.
Omã, governada por uma poderosa dinastia militar é o mais novo país a enfrentar protestos no mundo árabe, o que aponta que as manifestações podem se espalhar para o resto do Golfo Pérsico, no Kuwait e Arábia Saudita.
O país compartilha com o Irã o controle do Estreito de Ormuz, na boca do golfo e rota de cerca de 40% petroleiros do mundo.