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Manning se vangloriava de quebrar senhas, diz testemunha

Soldado americano é acusado de vazar arquivos confidenciais dos EUA para o site WikiLeaks

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Por Redação
Atualização:

FORT MEADE, EUA - O soldado americano acusado de passar arquivos confidenciais ao site WikiLeaks se vangloriou de poder driblar qualquer senha de proteção, disse um de seus antigos supervisores no Exército em uma corte marcial nesta quarta-feira, 5.

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O soldado Bradley Manning, de 25 anos, é acusado de fornecer mais de 700 mil documentos para o WikiLeaks, na maior divulgação não autorizada de documentos secretos na história dos EUA, caso que levantou questões sobre os limites do sigilo.

"Ele disse que se sentia muito fluente com computadores. Disse que falava a língua deles", afirmou o ex-militar Jihrleah Showman, que foi supervisor de Manning quando ele trabalhou como analista de inteligência em uma base do Exército americano em Bagdá, em 2010. "Ele disse que não havia nada que não pudesse fazer em um computador."

O WikiLeaks começou a expor documentos do governo americano em 2010, surpreendendo diplomatas e autoridades, que acusaram Manning de pôr em risco vidas e prejudicar a diplomacia. Manning está detido desde maio de 2010.

Nos discursos de abertura do julgamento, que começou na segunda-feira, promotores argumentaram que Manning tinha sido levado pela arrogância. Mas advogados de Manning e um ex-analista de inteligência no Iraque, o retrataram como ingênuo, mas bem intencionado, ao querer mostrar ao público americano a realidade das guerras no Afeganistão e no Iraque.

Manning pode ser sentenciado à prisão perpétua sem liberdade condicional se for condenado. Ele enfrenta 21 acusações, inclusive a mais grave, de ajudar o inimigo, e um processo sob o Ato de Espionagem de 1917. O julgamento deve seguir até o final de agosto./ REUTERS

 

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