LOS ANGELES - A passeata pelo Dia Internacional do Trabalho realizada no domingo em Los Angeles se transformou em uma rejeição compartilhada por hispânicos e organizações sindicais ao "discurso xenófobo" de alguns pré-candidatos à Casa Branca.
Milhares de hispânicos denunciaram em duas diferentes manifestações realizadas na cidade o "racismo" em relação aos imigrantes ilegais que se observa na atual campanha eleitoral e exigiram o cumprimento dos direitos dos trabalhadores.
A primeira manifestação percorreu o centro da cidade até Placita Olvera, coração hispânico de Los Angeles, enquanto a segunda partiu a poucas ruas da primeira, na intersecção da Olympic com a Broadway, e terminou em Grand Park, em frente à Prefeitura de Los Angeles.
Segundo estimativas da Polícia local, ambas as passeatas concentraram cerca de 7 mil pessoas, que em um clima pacífico desfilaram com cartazes na mão e gritaram palavras de ordem a favor dos trabalhadores e imigrantes.
"Muitos de nós vamos ficar sem trabalho", relatou Yanet Leiva, funcionária guatemalteca da American Apparel. A imigrante expressou seu medo de que uma possível indicação de Donald Trump como candidato presidencial pelo Partido Republicano possa agravar a situação dos "imigrantes ilegais".
Alguns ativistas manifestaram sua decepção com o "pouco poder de convocação" do evento. "As passeatas de hoje têm uma presença mínima", afirmou Salvador Sanabria, diretor-executivo da organização El Rescate.
Os protestos em Los Angeles foram algumas das dezenas de concentrações organizadas em várias cidades dos EUA, entre elas San Diego, Chicago, Nova York, Milwaukee, Houston e Miami. Nesta última, centenas de pessoas participaram de um ato realizado no centro da cidade, convocado por uma coalizão de organizações sindicais e a favor dos direitos dos imigrantes. /EFE