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Maré alta dá trégua em Veneza, mas Florença e Pisa seguem em alerta

Meteorologistas estimam que as marés não superem 1,10 m nos próximos dias, o que deve permitir que os venezianos avaliem os danos, já estimados pelo prefeito em mais de € 1 bilhão

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Por Redação
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VENEZA - Destruída pelas inundações, Veneza sofre com uma nova maré alta nesta domingo, 17, um pouco menor do que as últimas. Foram emitidos alertas para Florença e Pisa em razão das chuvas incessantes que atingem o sul da Itália

Os meteorologistas estimam que as marés não superem 1,10 m nos próximos dias, o que deve permitir que a cidade avalie os dano Foto: Filippo Monteforte / AFP

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A "acqua alta", ou maré alta, alcançou 1,50 m neste domingo, longe do seu pico de 1,87 m que atingiu a cidade na terça. 

"A água parou de subir", disse o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, no Twitter. "Pico de 1,50 m (...). Os venezianos só se ajoelham para rezar. Veneza está trabalhando duro para recomeçar." 

Os meteorologistas estimam que as marés não superem 1,10 m nos próximos dias, o que deve permitir que a cidade avalie os danos, já estimados pelo prefeito em mais de € 1 bilhão. A emblemática Praça de São Marcos foi reaberta neste domingo.

Pisa e Florença em alerta 

Mais ao sul, na Toscana, ficam outras duas joias italianas, Florença e Pisa, que estão em estado de alerta em razão das ameaça das águas. 

Desde terça, mais de 50 igrejas de Veneza foram danificadas, entre elas a Basílica de São Marcos, além de lojas e casas inundadas Foto: Andrea Merola / EFE

Governante da região da Toscana, Enrico Rossi tuitou um alerta sobre o risco de transbordamento do Rio Arno e afirmou que flutuadores foram instalados nas suas margens em Pisa "por medida de precaução". 

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O Exército italiano tuitou fotos de militares consolidando os bancos do Arno, que também atravessa Florença, onde as águas se elevaram perigosamente na noite de sábado. A proteção civil italiana aconselhou os moradores a não se aproximar das margens do rio. 

A cidade tinha sido devastada em 1966 por inundações que deixaram 100 mortos e destruíram obras-primas de valor inestimável da Renascença. 

Avaliação de danos 

Desde terça, mais de 50 igrejas de Veneza foram danificadas, entre elas a Basílica de São Marcos, além de lojas e casas inundadas. Hotéis começaram a receber os cancelamentos para as festas de fim de ano. 

Veneza, que tem 50 mil habitantes, recebe cerca de 36 milhões de turistas por ano, dos quais 90% são estrangeiros. 

O prefeito de Veneza anunciou na sexta a abertura de uma conta bancária para todos os que, na Itália e no exterior, desejarem possam contribuir com os reparos. "Veneza, um lugar único, é um patrimônio do mundo todo. Graças a sua ajuda, Veneza brilhará novamente", escreveu em um comunicado. 

Moradores que tiveram as casas danificadas podem receber uma ajuda imediata do governo de € 5 mil, e os comerciantes, de até € 20 mil. / AFP

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