
23 de maio de 2019 | 10h24
BRUXELAS - A Justiça europeia rejeitou um recurso da líder da extrema direita francesa Marine Le Pen contra o reembolso de quase € 300 mil ao Parlamento Europeu pelo emprego fantasma de uma assessora quando era eurodeputada.
O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) rejeitou na terça-feira o recurso de Le Pen contra uma decisão de junho de 2018, encerrando assim o processo judicial. "Eu avisei que não perdoariam nada (...) Nossa resposta a essas manobras será refletida nas urnas", reagiu Le Pen, cujo partido concorre às eleições europeias esta semana.
A presidente do partido Agrupamento Nacional (ex-Frente Nacional) havia solicitado a anulação da decisão europeia que a obrigava a devolver € 300 mil em um caso que também é investigado pela Justiça francesa. Na decisão, os magistrados estimaram que Marine Le Pen "não foi capaz de provar que sua assistente exercia tarefas reais para ela".
O caso diz respeito ao emprego de Catherine Griset como assistente parlamentar do final de 2010 até o início de 2016. Chefe de gabinete de Marine Le Pen desde 2015, ela é atualmente a número 10 do seu partido na lista das eleições europeias.
Em um caso semelhante, a Eurocâmara exigiu o reembolso de € 40 mil da contratação de um guarda-costas como assistente. Em ambos os casos, a instituição usou como base numa investigação do escritório antifraude da UE, o OLAF.
Antes de Le Pen deixar o cargo de eurodeputada em 2017, o Parlamento Europeu conseguiu reter € 60 mil do seu salário, de acordo com uma fonte parlamentar. Para recuperar o restante, a instituição aguardava o resultado do processo na justiça europeia. / AFP
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