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Rivais de Macron alertam para ‘perigo’ para democracia francesa

Marine Le Pen criticou o sistema eleitoral por ser desfavorável a partidos menores como o dela

Atualização:

PARIS - Não haverá espaço para debate no Parlamento e a democracia será sufocada se o presidente francês, Emmanuel Macron, vencer com a maioria parlamentar esmagadora que as pesquisas estavam prevendo, disseram seus rivais neste domingo, 11, após o primeiro turno das eleições legislativas.

“Não é saudável nem desejável para um presidente que obteve apenas 24% dos votos no primeiro turno das eleições presidenciais e foi eleito no segundo turno pela rejeição à extrema direita se beneficiar de um monopólio na representação nacional”, disse o líder do partido Socialista, Jean-Christophe Cambadelis.

Le Pen ficou desapontada com o número baixo de votos em seu partido nas eleições para escolher a nova AssembleiaNacional Foto: REUTERS/Jean-Paul Pelissier

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François Baroin, que fez campanha pelo partido conservador Os Republicanos, ecoou esse sentimento, dizendo que o poder político não deve estar concentrado nas mãos de um partido.

Marine Le Pen, a líder da Frente Nacional, partido de extrema direita, considerou que a enorme taxa de abstenção é “preocupante”, após ter se qualificado para o segundo turno no próximo domingo, que determinará quantos assentos o partido realmente terá.

Marine pediu aos “eleitores patrióticos” que votem em massa no segundo turno para ampliar a presença do seu partido na Assembleia Nacional. As projeções indicam que a Frente Nacional deve conquistar cerca de uma dúzia de assentos. Ela também criticou o sistema eleitoral por ser desfavorável a partidos menores como o dela.

Respondendo às críticas, um membro de alto escalão do partido de Macron, a República em Marcha (REM), disse que eles não passarão por cima das visões alternativas.

“Seremos muito respeitosos com a oposição... Precisa haver respeito pelas minorias em um debate. Não há maioria dominante, mas uma maioria responsável”, disse Jean-Paul Delevoye, responsável por selecionar os candidatos do partido. / REUTERS

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