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Marines dos EUA mataram civis no Afeganistão, diz jornal

Evidências indicam que civis não estariam armados, como disseram os fuzileiros

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma investigação preliminar do Exército afirma que fuzileiros navais dos Estados Unidos mataram ou feriram mais de 40 civis afegãos depois de um ataque suicida contra um comboio no mês passado, disse neste domingo reportagem do jornal Washington Post. O jornal disse que o trabalho do Serviço Naval de Investigação Criminal decidirá se haverá corte marcial para os soldados envolvidos. Um porta-voz do Comando Central do Departamento de Defesa não estava disponível para comentar. Apesar de os fuzileiros terem afirmado que viram pessoas com armas, a investigação não viu evidências de armas de fogo leves, disse o major-general Frank Kearney, chefe do Comando Central de Operações Especiais, segundo o jornal. Evidências Os fuzileiros dispararam contra veículos e outras supostas ameaças durante vários quilômetros depois do local do incidente de 4 de março em uma aldeia perto de Jalalabad, no leste do Afeganistão, matando pelo menos 10 pessoas e ferindo 33, disse Kearney ao jornal. "Meu oficial de investigação acredita que estas pessoas eram inocentes...Não pudemos encontrar evidências de que eram combatentes", disse ele, segundo o jornal. Kearney disse que havia evidência, como vidro quebrado, mostrando que os norte-americanos dispararam a cerca de 4,8 quilômetros do local do ataque. Uma autoridade de direitos humanos do Afeganistão disse que eles continuaram atirando por 16 quilômetros, e segundo o jornal Kearney não contestou a informação. Um fuzileiro foi ferido por estilhaços no ataque contra o comboio de seis Humvees, disse o jornal. No sábado, a Comissão Independente de Direitos Humanos do Afeganistão divulgou um relatório dizendo que os marines agiram ilegalmente. A unidade envolvida foi convocada de volta para casa pouco depois do incidente.

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