Marinheiros australianos rejeitam vacina contra antraz

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Por Agencia Estado
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Onze marinheiros australianos estacionados no Golfo Pérsico foram enviados de volta a seu país depois de rejeitarem uma vacina contra antraz. Outros pensam em fazer o mesmo, informaram oficiais do Ministério da Defesa da Austrália. Os soldados temem ficar vulneráveis à Síndrome da Guerra do Golfo. O chefe da força de defesa, general Peter Cosgrove, disse que a vacinação é voluntária e os marinheiros que a rejeitarem não serão punidos, mas também não poderão ficar ao lado de seus colegas no caso de os Estados Unidos iniciarem uma guerra contra o Iraque. "É nossa obrigação para com nosso povo, suas mães, seus pais e todos os australianos que não os deixemos vulneráveis a um ambiente no qual estarão desprotegidos" contra eventuais armas químicas e biológicas, disse ele a uma comissão do Senado. Um dos marinheiros contou a uma emissora de televisão local que rejeitou a vacina por ter ouvido falar que ela pode ter sido a causadora da chamada Síndrome da Guerra do Golfo, nome de uma doença adquirida por soldados após o conflito militar do início da década de 90. Grupos de veteranos da Guerra do Golfo na Austrália, na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos dizem que a síndrome pode ter sido causada pelo coquetel de vacinas injetado nos soldados que participaram do conflito. Entre os sintomas da Síndrome da Guerra do Golfo estão dores de cabeça, náuseas, dores musculares, depressão e perda de memória. A página do Ministério da Defesa da Austrália na Internet garante que as vacinas produzidas por EUA e Grã-Bretanha são seguras, mas o medicamento não conta com a aprovação do órgão regulador de drogas no país.

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