PUBLICIDADE

Marinheiros britânicos poderão ser julgados, diz embaixador

O diplomata iraniano Gholam-Reza Ansari fez afirmação em entrevista à TV russa

Por Agencia Estado
Atualização:

O embaixador iraniano em Moscou, Gholam-Reza Ansari, disse hoje que os 15 militares britânicos detidos por Teerã poderão ser julgados por "violação das leis internacionais", por terem entrado em águas territoriais iranianas, informou a agência oficial IRNA. "Foram postos em andamento movimentos legais para determinar a culpa dos marinheiros britânicos. Eles serão julgados se houverem evidências de sua culpa, afirmou o diplomata ao canal de televisão russo Vesti-24 citado pela agência iraniana. O embaixador insistiu na via diplomática e explicou que "se o governo britânico admitir seu erro e pedir desculpas para o Irã pela entrara de seu pessoal em águas iranianas, a questão poderá ser resolvida facilmente". Ansari lamentou que Londres "tenha transformado o assunto em uma crise em vez de tentar resolvê-lo por meio dos canais diplomáticos", e provocado uma declaração do Conselho de Segurança da ONU que classificou como "descafeinada", uma vez que a Rússia se opôs à intervenção do órgão em um assunto bilateral. Também o aiatolá Mohammad Ali Rahamani, representante do líder supremo iraniano, Ali Jamenei, disse neste sábado, 31, que os militares do Reino Unido "transpuseram deliberadamente as águas territoriais" de seu país e "devem ser tratados de acordo com as leis internacionais". O clérigo pediu a "imediata liberação" de Faye Turney, a única mulher entre os detidos, "para mostrar o especial respeito do Irã pelas mulheres, a boa vontade de Teerã para resolver este assunto e acalmar a tensão, a mulher arrependida deve ser liberada imediatamente", afirmou. Além e Faye, também o marinheiro Thomas Summers reconheceu na sexta-feira, 30, em uma entrevista difundida pela televisão iraniana, que eles entraram "ilegalmente" em águas territoriais do país e pediu desculpas por isso.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.