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Mario Vargas Llosa se diz "envergonhado por ser amigo de Israel"

Para o escritor, Israel se transformou em um país poderoso e arrogante

Por Agencia Estado
Atualização:

O escritor peruano consagrado internacionalmente, Mario Vargas Llosa, disse que está envergonhado de ser amigo de Israel após as operações militares realizadas pelo país durante a última semana na Faixa de Gaza, que Vargas Llosa classificou de "fora de proporção", segundo informou neste domingo o jornal israelense Haaretz. O escritor reprimiu as ações do primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, em uma convenção em Madrid organizada pela Fundação Liberdade Internacional, uma organização encabeçada por Vargas Llosa com sede na Argentina. "Israel se transformou em um país poderoso e arrogante, e é papel de seus amigos ser altamente críticos com suas políticas", disse o peruano para o Haaretz. "A resposta de Israel para o seqüestro do soldado foi excessivamente severa", completou. Após o seqüestro por militantes palestinos do soldado Gilad Shalit, de 19 anos, em 25 de junho, o exército de Israel invadiu a Faixa Gaza em uma ação que já deixou mais de 70 mortos. O jornal informou também que na convenção estavam intelectuais espanhóis, israelenses, palestinos, americanos, sul-americanos, além do ministro de Cultura da Autoridade Nacional Palestina (ANP) Yasser Abed Rabbo. O encontro se deu após a publicação do novo livro de Vargas Llosa, Israel-Palestina, Paz ou Guerra Sagrada, uma coleção de trabalhos publicados nos jornais mais importantes do mundo depois da visita do escritor à região em setembro. O livro gerou uma série do protestos na América Latina, principalmente na comunidade judaica, que considerou o trabalho como anti-Israel.

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