WASHINGTON - O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, comparecerá ao Congresso dos Estados Unidos no dia 11 de abril para responder às perguntas dos legisladores sobre o vazamento de dados que ficou em evidência por causa do escândalo envolvendo em empresa britânica de consultoria Cambridge Analytica.
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Zuckerberg, de 33 anos, responderá às perguntas dos membros da Comissão de Energia e Comércio da Câmara dos Deputados a partir das 10 horas (11 horas em Brasília) sobre "o uso e a proteção dos dados dos usuários da companhia", indicou a comissão em comunicado.
"A audiência será uma grande oportunidade para esclarecer questões fundamentais sobre a privacidade dos dados dos usuários e ajudar os americanos a entenderem melhor o que ocorre com suas informações pessoais online", enfatizaram os congressistas Greg Walden e Frank Pallone Jr., presidente e vice-presidente da comissão, respectivamente.
"Apreciamos que o sr. Zuckerberg deseje testemunhar ante o comitê, e esperamos que ele responda a nossas perguntas em 11 de abril", acrescentaram.
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O comparecimento de Zuckerberg acontece depois que vieram à tona informações de que a empresa de análise de dados britânica Cambridge Analytica obteve acesso em 2014 a informações de 50 milhões de usuários do Facebook, o que poderia representar uma violação das condições de confidencialidade da companhia.
De acordo com veículos de imprensa britânicos, a empresa de análise de dados, que colaborou com a equipe de Donald Trump durante a campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 2016 nos EUA, utilizou essas informações para desenvolver um software destinado a prever as decisões dos eleitores para poder influenciá-las.
Zuckerberg se desculpou através de um comunicado no qual reconheceu o dever da companhia de proteger os dados de seus usuários.
Neste momento, a popular rede social enfrenta pelo menos quatro processos coletivos de usuários e acionistas nos Estados Unidos por causa do vazamento de dados, bem como uma investigação da Comissão Federal de Comércio que pode render multas milionárias. / EFE e AFP