Marrocos prende 56 pessoas em operações "antiterrorismo"

Com a ação, autoridades disseram ter impedido ataques contra alvos governamentais e turísticos

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Autoridades marroquinas anunciaram nesta sexta-feira o desmantelamento de uma suposta célula extremista islâmica e disseram ter impedido ataques contra alvos governamentais e turísticos. O governo do Marrocos aproveitou tais desdobramentos como justificativa para dar seqüência a uma campanha de combate ao "terrorismo" que tem sido marcada por denúncias de abusos dos direitos humanos. Comentaristas políticos, entretanto, desqualificaram o significado das operações e sugeriram que a existência de soldados, policiais e de esposas de dois pilotos da força aérea entre os detidos sugere uma mudança na direção do extremismo islâmico no país, que estaria saindo das favelas e penetrando na classe média desta nação do norte da África. Nas últimas semanas, 56 pessoas foram detidas em ações de combate ao "terrorismo" promovidas pelas forças marroquinas de segurança. De acordo com informações divulgadas pelo Ministério de Interior nesta sexta-feira, agentes marroquinos desmantelaram uma rede que pretendia atacar alvos governamentais e turísticos no país. A operação faz parte da mais recente ação de combate ao terrorismo realizada no Marrocos desde os atentados de 11 de Setembro de 2001 contra os Estados Unidos. Em 2003, a cidade marroquina de Casablanca foi alvo de uma série de explosões que provocaram a morte de 45 pessoas e chocaram esta nação islâmica conhecida por sua moderação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.