PUBLICIDADE

Marroquino acusado de cumplicidade em atentados nos EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

Promotores federais alemães pediram 15 anos de prisão para um estudante marroquino acusado de participação nos atentados de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, acusando-o de querer participar de um crime inimaginável, como membro de um grupo extremista baseado em Hamburgo - do qual faziam parte três seqüestradores suicidas. O promotor Walter Hemberger exigiu a pena máxima para Mounir el-Motassadeq, equivalente à prisão perpétua pelas leis alemãs, e disse ao réu que seria melhor ele "admitir seus crimes". El-Motassadeq, de 28 anos, é o primeiro suspeito a ir a julgamento por suposta participação no complô para a realização dos atentados contra Washington em Nova York, em 2001. Ele é alvo de mais de 3.000 acusações de ser intermediário para assassinato e de filiação a organização considerada terrorista. "A desumanidade do crime era inimaginável naquele momento", disse Hemberger à corte. Durante mais de quatro horas de argumentos finais, os promotores descreveram El-Motassadeq como um homem que queria aderir a uma ideologia extremista assassina, e era membro importante de uma célula secreta e fechada da Al-Qaeda em Hamburgo. El-Motassadeq parecia ouvir a tudo atentamente, coçando sua barba em alguns momentos, mas sem demonstrar nenhuma emoção. A defesa pretende alegar que tudo o que seu cliente fez tinha "natureza neutra, mas foi interpretado como maldade", disse um dos advogados de El-Motassadeq. O réu admitiu conhecer seis membros da célula de Hamburgo da Al-Qaeda, entre eles três seqüestradores mortos nos atentados de 11 de setembro de 2001. No entanto, ele nega ter conhecimento dos planos do grupo, de promover atentados contra os Estados Unidos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.