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Marroquino preso no Brasil falou sobre atentados

Por Agencia Estado
Atualização:

A Superintendência da Polícia Federal em São Paulo encaminhou nesta quinta-feira à direção-geral da PF em Brasília, cópias de dois depoimentos prestados por um marroquino - cuja identidade é mantida em sigilo -, preso há oito meses sob acusação de uso de documento falso. No último dia 5 - seis dias antes do ataque aos Estados Unidos -, o marroquino escreveu uma carta e pediu a uma advogada que levasse cópias para a direção-geral da PF, para a Justiça Federal e para a embaixada norte-americana no Brasil. Na carta, o marroquino manifestou que pretendia falar de ?assuntos de interesse internacional?. Dois dias depois - sexta-feira da semana passada -, a advogada retornou à Casa de Detenção, onde o marroquino encontra-se preso. Ele perguntou à advogada se já havia encaminhado sua carta. Ao ouvir a resposta negativa, o marroquino teria lamentado: ?Infelizmente, doutora, talvez amanhã seja muito tarde?. Na noite de terça-feira, horas depois dos atentados, o marroquino depôs pela primeira vez na PF em São Paulo. Segundo um delegado que participou da audiência, o marroquino disse que um grupo internacional, com integrantes de várias nacionalidades, teria feito referências, há quase um ano, sobre ações que poderiam ?destruir os Estados Unidos?. O delegado disse que o marroquino fez um relato ?muito lacônico?, mas ressalvou que a PF não pode desprezar qualquer informação. O marroquino foi ouvido nesta quinta pela segunda vez. Segundo a PF, os dois depoimentos foram enviados para o ministro da Justiça, José Gregori. Agentes do FBI que atuam na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília começaram a examinar o relato do marroquino.

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