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Mashal pede fim imediato dos confrontos entre Fatah e Hamas

Dirigente do Hamas diz que o grupo quer "tranqüilidade total e permanente"

Por Agencia Estado
Atualização:

O dirigente do Hamas no exílio, Haled Mashal, pediu neste domingo o fim imediato das hostilidades entre os milicianos dos grupos nacionalistas Hamas e do Fatah, com o objetivo de acabar com a escalada de violência que atinge os territórios palestinos. "Peço a todas as facções e forças políticas que enfrentem sua responsabilidade de se conter e evitar o derramamento de sangue. Nós, do Hamas, queremos tranqüilidade total e permanente", afirmou Mashal, em entrevista coletiva, em Damasco. Ele indicou que os últimos enfrentamentos entre os palestinos são lamentáveis e dolorosos. "Não desejamos o derramamento de uma só gota de sangue palestina. Iniciamos intensos esforços para pôr fim a estes fatos", afirmou. Mashal ressaltou que o sangue palestino só deve ser derramado na luta contra a ocupação israelense, na defesa dos santuários islâmicos e cristãos de Jerusalém, na libertação dos presos palestinos e no retorno dos refugiados. O líder do Hamas também se referiu à reunião que terá com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, na cidade santa saudita de Meca, na próxima terça-feira. "Recebemos de forma positiva a iniciativa do rei da Arábia Saudita, para dar prosseguimento ao diálogo com o Fatah na Meca, na próxima terça-feira. Por isso, temos certeza de conseguir uma solução definitiva", afirmou Mashal. Nesse sentido, ressaltou que têm a obrigação de "obter sucesso nessa reunião". "Nós não aceitaremos o fracasso. Vamos até Meca para chegar a um acordo. Participaremos com seriedade e transparência, e por isso esperamos o mesmo do Fatah", proferiu Mashal. O dirigente palestino destacou que o diálogo é a única forma para solucionar as diferenças políticas. Também manifestou sua rejeição às supostas intromissões dos EUA e de Israel (nos assuntos palestinos), e assegurou que esses dois países só desejam "piorar a situação interna palestina". Ele negou ainda que Irã e Síria influam nas decisões do Hamas.

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