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McCain busca em casa voto de recém-chegados

No Arizona, pelo qual é senador desde 1982, vantagem é pequena

Por Denise Chrispim Marin
Atualização:

O lar de John McCain, o tradicionalmente republicano Arizona, virou seu principal desafio na véspera da eleição. Diante do risco de perder no Estado que representa no Senado desde 1982, embrenhou-se em uma força-tarefa pelos grotões do Arizona na noite de ontem para conquistar indecisos e eleitores que jamais lhe deram seu voto porque viviam em outros Estados. Fracassar no Arizona não significará apenas a perda de dez votos no Colégio Eleitoral. Para McCain, representará o declínio de sua carreira política e para o Partido Republicano, uma inevitável caçada interna ao responsável pela derrota. A vantagem de McCain sobre Obama no Arizona era de 3,5 pontos porcentuais até quinta-feira, segundo a média das pesquisas feita pelo site Real Clear Politics. Se confirmada, o republicano venceria com 49,3% dos votos, contra 45,8% de Obama. A situação desconfortável pode ser atribuída à dificuldade de desvincular sua imagem da de George W. Bush, que se tornou especialmente impopular no Estado. Segundo a porta-voz do governo estadual (democrata), Jeanie L?Ecuyer, esse quadro se deve à insensibilidade da campanha republicana e de McCain ao não perceber que boa parte do eleitorado do Arizona mudou em função do crescimento econômico. "O Arizona continua a ser um Estado republicano. Mas McCain não soube expandir seu eleitorado, como Obama o fez", afirmou Jeanie. Desde 1998, o PIB do Arizona cresce mais do que a economia do país. O surgimento de pólos industriais de alta tecnologia e o desenvolvimento do comércio e dos serviços atraíram 637 mil americanos de outros Estados entre 2000 e 2007, além de levas de imigrantes latino-americanos. *A repórter viajou a convite do Departamento de Estado

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