
08 de outubro de 2009 | 07h34
O presidente de facto disse a Insulza que seus três representantes na mesa de negociação terão plenos poderes para atuar em seu nome. Mas insistiu que qualquer decisão final terá de estar coberta pela Constituição e pelas suas leis do país - fato que impede o retorno de Zelaya à presidência - e "suplicou" pelo reconhecimento internacional da legitimidade das próximas eleições presidenciais. Micheletti ainda reiterou sua fórmula de renúncia dupla - dele e de Zelaya - em favor de um terceiro nome, como saída para a crise.
Micheletti adotou um tom de confrontação ao ouvir a missão da OEA, que desembarcou na manhã de ontem com a perspectiva de impulsionar a negociação dos dois pontos nevrálgicos do Acordo de San José: o retorno de Zelaya à presidência e a anistia política aos dois lados. O governo de facto deixou claro que não aceita o primeiro tópico. Zelaya aceitou até mesmo a limitação de seus poderes de presidente. Mas ainda exige uma ampliação da anistia, para envolver também os crimes comuns que lhes são imputados.
De acordo com Micheletti, a decisão final sobre esse tema não compete ao Executivo, mas ao Congresso e à Corte Suprema. Para representantes da OEA, as Forças Armadas podem ser um terceiro empecilho à aplicação de um acordo final. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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