14 de janeiro de 2014 | 12h37
Um médica chinesa foi condenada por tráfico de bebês e sentenciada à morte, com suspensão condicional da pena (sursis) de dois anos, depois de admitir que roubava recém-nascidos no hospital em que trabalhava e os vendia a traficantes. A obstetra Zhang Shuxia dizia aos pais que seus recém-nascidos tinham problemas congênitos e os persuadia a abandoná-los, segundo o Tribunal Intermediário de Weinan, em Shaanxi.
Na China, sentenças de morte com suspensão condicional geralmente são comutadas para prisão perpétua após dois anos.
O caso expôs a existência de uma rede de tráfico de bebês que atuava em várias províncias. Segundo postagens online do tribunal, a médica vendia os bebês para traficantes que os revendia por preços mais altos. Em julho, por exemplo, Zhang recebeu 21.600 yuan (US$ 3.600) ao entregar um menino para um traficante, que o revendeu por 59.800 yuan (US$ 9.900) para um casal da província central de Henan.
No total, Zhang vendeu sete bebês para intermediários que os revenderam nas regiões central e leste da China entre novembro de 2011 e julho de 2013, disse o tribunal. Seis dos bebês foram devolvidos ou resgatados pela polícia mas um, que foi voluntariamente abandonado pelos pais e vendido por 1.000 yuan (US$ 165) em abril, acabou morrendo.
Zhang trabalhava no condado de Fuping, província de Shaanxi, noroeste do país.
Segundo a agência de notícias Xinhua, em julho de 2013 uma mãe, de sobrenome Dong, suspeitou que seu bebê havia sido sequestrado e relatou o incidente à polícia. A criança foi encontrada em bom estado de saúde na província de Henan, em 5 de agosto. Zhang foi detida naquele mesmo mês e julgada em 30 de dezembro./ AP e AE
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