Médico espanhol contesta notícia sobre saúde de Fidel

A saúde do líder cubano tem gerado polêmica e aberto espaço para especulação porque Cuba não divulga boletins médicos sobre o estado de Fidel

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um cirurgião espanhol que examinou Fidel Castro no mês passado contestou uma reportagem do jornal espanhol El Pais, que afirma que o líder cubano encontra-se em estado grave após o fracasso de três cirurgias no intestino, informou a CNN nesta quarta-feira. A notícia do El Pais de terça-feira, segundo a qual Fidel enfrentava um prognóstico "muito sério", gerou grandes especulações de que ele provavelmente estaria morrendo. Fidel não foi visto em público após transferir o poder para seu irmão, o ministro da Defesa Raúl Castro, em 31 de julho, e sua saúde foi colocada em absoluto sigilo na ilha comunista. Entretanto, José Luis Garcia Sabrido, que visitou Fidel Castro, de 80 anos, no final de dezembro, disse, segundo a CNN, que houve "melhora progressiva" em sua saúde desde que ele se submeteu à primeira cirurgia no intestino, em julho. "As únicas partes verdadeiras da reportagem são o nome do paciente, que ele foi operado e que ele teve complicações. O resto é rumor", disse Garcia Sabrido. O médico confirmou que examinou Fidel no mês passado por 90 minutos a pedido de autoridades cubanas. Ainda conforme a CNN divulgou, o médico se recusou a entrar em detalhes sobre a condição do paciente ou os detalhes da reportagem do El Pais, afirmando apenas que "não estão de acordo com a realidade, não são verdadeiros e não são reais". Após sua visita a Cuba em dezembro, Garcia Sabrido disse a repórteres que Fidel não tinha câncer e que poderia retornar ao governo cubano se ele se recuperasse plenamente da operação. O jornal El Pais disse que sua reportagem, que se concentrava no que foi descrito como operações fracassadas em remover inchaços no intestino grosso de Fidel, foi baseada em duas fontes médicas anônimas do hospital em que Garcia Sabrido trabalha. Em uma nova reportagem nesta quarta-feira, o El Pais disse que Fidel pessoalmente tomou a decisão de evitar colostomia de rotina e optar por uma operação mais arriscada que deu errado. Autoridades em Havana não comentaram as reportagens.

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