Médico paquistanês é condenado por ajudar CIA a achar Bin Laden

Ele foi sentenciado a 33 anos de prisão por traição, segundo canais de TV e funcionário do governo local

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PESHAWAR - Shakil Afridi, um médico paquistanês acusado de ajudar a CIA a localizar Osama bin Laden, foi sentenciado a 33 anos de prisão por traição, segundo canais de TV e um funcionário do governo local. Veja também:

linkServiço de inteligência dos EUA mostra maquete de mansão de Bin LadenlinkAgente da CIA passou-se por homem-bomba Afridi foi acusado de promover uma falsa campanha de vacinação que teria ajudado a agência norte-americana de inteligência a localizar Bin Laden em uma cidade paquistanesa, onde ele foi morto em maio numa operação de forças especiais dos EUA. A condenação do médico deve enfurecer os EUA num momento delicado, em que os dois países estão envolvidos numa complicada negociação para a reabertura das rotas de suprimento para as forças da Otan no vizinho Afeganistão. Autoridades norte-americanas esperavam que o Paquistão, beneficiário de bilhões de dólares da ajuda norte-americana, fosse libertar Afridi, que havia sido preso depois da operação que matou Bin Laden e estremeceu as relações bilaterais. Em janeiro, o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, disse a uma TV que Afridi e sua equipe foram cruciais na localização de Bin Laden, mas insistiu que o médico não cometeu traição nem prejudicou o Paquistão.

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